9 de março de 2013

Ninguém sabe fazer até tentar


Oi, gente.
Ok, ninguém lê meu blog mas vou fingir que tenho vários leitores :D.
Vamos começar as crônicas de Amanda.
Pra começar bem, vou contar um negócio que aconteceu comigo que parecia mais uma fábula de tão forte que foi a mensagem no meio da minha testa e acho que todo mundo deveria escutar.

A muito tempo atrás, quando Amanda, tinha lá seus 9 anos, algo assim, e já era a desenhista da turma, super orgulhosa de seus rabiscos coloridos, fui a Igreja Messiânica com a minha avó, igreja que frequento a anos. Pra não perturbar, os adultos enfiavam todas as crianças na salinha de ikebana (arranjo de flor), e lá ficávamos brincando, com alguém tomando conta. Nesse dia conheci uma outra menina que diz que desenhava muito bem e melhor que eu. Eu disse que desenhava melhor então fizemos um desafio. 

Tinha um quadro branco na sala com canetas. Dividimos o quadro ao meio e cada uma ficou com um lado. Ela nem era tão boa assim. Ela sugeriu desenharmos um coração, ela fez o dela, cheio de ondinhas e voltinhas e eu fiz o meu que aprendi com asas e panos que aprendi (mal) copiando catalogo de tatuagem. Maneiro, mas não era o suficiente pra descobrir a melhor. Depois, uma menina que tava de juri sugeriu uma flor, e novamente empate. Então foi minha vez de escolher o desenho. Eu podia ter escolhido varias coisas que eu já tinha desenhado antes e que ficou muito bom, mas eu queria surpreender e acabar logo com aquilo. Foi ai que lembrei de um passo-a-passo de como desenhar cavalos do ArtAttack, programa da Disney Channel que tinha assistido naquela manhã e o resultado ficou fantástico. E sugeri cavalos.

A menina desenhou lá o pônei alado dela, com cílios e mais mil voltinhas e ondinhas bem My Little Poney. E eu fiz exatamente o que o ArtAttack ensinou. E consegui um cavalo HORRÍVEL, com linhas terríveis, rabiscado, ossudo, parecia um cavalo infernal e decomposto. Ficou simplesmente péssimo.

Resultado: passei as outras três horas em que fiquei na igreja com aquela menina enchendo o meu saco de todas as formas possíveis, do tipo, alguem pedia um desenho e ela tirava o lápis da minha mão dizendo "Não, você não sabe desenhar", "Não pede pra ela, o desenho dela é horrível". Frustrante.

E depois daquele dia, eu nunca mais disse que sabia fazer uma coisa antes de ter tentado - de preferência sozinha, na minha mesa, e amassando os ruins antes que alguem visse.


Boa história não?
Agora da uma olhada nos desenhos da ultima semana e tente não pensar no meu cavalo por favor.






Hermione Granger








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